05 outubro 2014

Playlist pra encarar o domingo pós votação


Nada melhor do que exercer seu direito de cidadão. Votando ou falando groselha no twitter, todos fizemos algo hoje e merecemos descanso. 

Para tanto, criei a minha playlist pra relaxar e curtir o resto de domingo, tentando esquecer que amanhã já é segunda de novo. Tomara que vocês gostem! :)


Vote by Julia Berringer on Grooveshark

03 outubro 2014

Tag 52 semanas: #3 Coisas pra fazer no calor




Morrer. É brincadeira, mas essa é a minha vontade. Calor acaba com cada pedacinho de vontade que eu tenho de levantar e viver a vida do jeito que eu faço normalmente. Apesar disso, eu ainda tenho muito o que fazer, então eu encaro a vida como ela tem que ser. Tá aí, cinco coisas pra fazer no calor:

Basicamente eu no calor



1. Deitar no piso da cozinha
2. Fazer guerra de bexiga cheia de água
3. Brincar de cantor com o ventilador na cara
4. Passar sorvete na testa
5. Tentar dormir no freezer

02 outubro 2014

Fica a dica: Etsy



A dica de hoje é pra você falir. De verdade. Depois que você conhecer o Etsy sua vida vai mudar de uma hora pra outra e não tem mais volta.

Pensa em todas as coisas mais fofas possíveis. Agora pensa que elas podem ser super baratinhas. Você tem tudo isso no Etsy, que um site onde você pode comprar e vender coisas que são, muitas vezes, feitas à mão, o que deixa tudo ainda mais mágico.

Só pra vocês se sentirem mais em casa, vou mostrar algumas das coisas que deixo guardada na minha wishlist:









É ou não é pra se apaixonar? Deixei pra vocês os links das peças nas imagens, tá? Se quiserem comprar pra mim, juro que não ligo... 

O único contra do Etsy é a demora :( A maioria dos produtos é importado, então esperem deitadinhos e assistindo televisão, porque não chega rápido. Mesmo assim, não há emoção maior do que a de abrir o pacote e se deparar com aquilo que você tanto esperou ♥ 

Vocês já compraram no Etsy? Me contem nos comentários. Beijos e até a próxima :)

28 setembro 2014

Ah... Seriados!

Quem me conhece sabe que se tem algo que eu goste até mais do que de livros é de assistir seriados. De todos os tipos, temporadas e episódios. Vi esse pequeno questionário do facebook e resolvi colocar aqui para vocês conhecerem um pouco mais do meu gosto. E é bem pouco mesmo, porque eu ficaria a vida toda falando de séries se pudesse...

Uma série que nunca assisti:



Eu sei, para alguém que se diz seriadora nunca ter visto Fringe é algo realmente terrível e traumático. O fato é que não é que não assisto porque não quero ou porque não gosto, eu tenho até um pouco de medo de coisas de ficção cientifica mas o real motivo é: Mil séries para assistir e algumas vão sendo deixadas para trás. É o caso de Fringe, mas antes de morrer, preciso, para manter minha honra assistir pelo menos um episódio dessa série, que dizem as boas línguas, foi maravilhosa.

Uma série que todo mundo gosta menos eu:

Não gosto por motivos de: Maquiagem bem feita. Sou medrosa assumida. Não consigo nem negar. Tenho medo de fofão, palhaço, et, gente falsa e de The Walking Dead. Não tem mais o que dizer. Agora parem de rir.

Uma série que ninguém assiste mas eu gosto: 


A série é nova, mas é boa. Quase ninguém vê, mas como sempre, eu sou a rainha das séries teen excluídas. Comecei a assistir do mesmo jeito que começo a assistir as outras, sem compromisso, primeiro encontro, segundo encontro rolou e uma afinidade grande surgiu e quando vi já estava apaixonada pela trama. Lógico que tudo é bem mais legal e interessante quando se tem no elenco ninguém mais e ninguém menos que Avan Jogia (mais conhecido como o melhor amigo do Josh Fucking Hutcherson). Vale a pena ficar de olho, tem uma pega muito Pretty Little Liars e parece que veio pra ficar e conquistar.

Sinto saudade de:


Sinto saudades porque os produtores não me amam e me deixaram orfã. Não tive nem a chance de me despedir... O que aconteceu foi o seguinte: Ignorando os sentimentos da Julia, a ABC Family disse que a série não estava dando audiência e eles deixaram o futuro dela em aberto. O problema é que é um seriado de suspense, portanto, existe um grande mistério por trás de tudo, e eu acompanhava tudo de pertinho. Agora não temos resolução e também não temos série. "Isso é a maior de mancada".

Uma série que tenho vontade de concluir:





Comecei a assistir essa por livre e espontânea pressão de um amigo meu, curiosamente seriador também. Ele ama a série e fala dela com paixão contagiante. Não tem como não ficar sem vontade de assistir, estou em processo lento mas mesmo assim adorando cada segundo ao lado desses 5 amigos. Porém, apesar de ser boa, a série nunca se comparará a Friends (João, essa foi pra você :P).

Uma série que já assisti, mas assistiria tudo de novo:


Tá ouvindo? Preste a atenção! Californiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ♪ Meus olhos enchem de lágrima só de pensar e de lembrar dessa série. Marcou minha vida como muitas fizeram (Friends e Everwood, por exemplo), mas se destacou no momento que cresceu comigo. Até hoje, nos raros momentos quais me pego imaginando o homem perfeito, só penso em uma pessoa: Seth Nerd Lindo Cohen. The O.C. é uma série perfeitamente teen, mas mexe com o interior de qualquer um. Saudades, California, saudades...


Enfim, terminei o primeiro post do blog falando sobre esse assunto que tanto gosto. Não achem que foi o último porque tem muito por vir ainda. Espero que tenham gostado! Beijos e até a próxima.

PS: O questionário tinha algo do tipo "Uma série que não sinto vontade de assistir" ri muito quando vi e não consegui nem escrever algo sobre, vocês devem imaginar a razão.

22 setembro 2014

Tag 52 semanas: #2 Eu nunca...

Boa tarde, gente!

Quero pedir desculpas por estar meio sumida. To sem tempo até de dormir. Vou dar continuidade à tag hoje e vai ser menos cheio de frufru porque estou postando no celular.

Então, 5 coisas que eu nunca fiz. Pensei muito sobre isso, e descobri que é difícil. Sei que fiz muito pouca coisa na vida perto do que ainda vou fazer, mas essas perguntas ainda são muito complexas e fiz o possível. Sem mais delongas...

Eu nunca...
1. Andei de avião
2. Pulei de paraquedas
3. Matei um leão
4. Vou cansar de assistir FRIENDS
5. Vi um pinguim ao vivo (um trauma)

16 setembro 2014

Li até a página 100 e... Se eu ficar

SE EU FICAR, GAYLE FORMAN - EDITORA NOVO CONCEITO - 208 PÁGINAS - SKOOB
Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

Primeira frase da página 100: "(...)por um momento, imagino que ela esteja falando de Teddy e ficou tão entusiasmada que quase choro."

Do que se trata o livro? Mia se sente sempre deslocada diante sua família, mas mesmo assim, é muito feliz ao lado daqueles que ama. Todo muda quando ela, os pais e o irmão sofrem um acidente e ela tem que lidar com o fato de que seu corpo em coma e sua alma perambulando por ai decidindo se deve, ou não ficar.

O que está achando até agora? Destruidor. Não li nem metade do livro e já me debulhei em lágrimas TRÊS vezes. Apesar de não gostar muito de chorar, estou amando o livro.

O que está achando dos protagonistas? Mia é exatamente uma parte de mim. Me apeguei muito a ela, e pode ser por isso que os choros por aqui estão sendo constantes.

Melhor quote até agora: “Às vezes você faz escolhas na vida e às vezes escolhas fazem você.”

Vai continuar lendo? Puff. Como se eu conseguisse parar de ler... Mesmo se quisesse, não conseguiria.

Última frase da página: "Como é que se pode conviver com isso?"

15 setembro 2014

Enquanto isso na cozinha... Biscoitinhos

BISCOITINHO DO AMOR

Olá, amores! Hoje, seguindo a mesma linha da última receita, vou ensinar uma coisa tão fácil capaz de fazer você parar de achar que vai viver de miojo pro resto da vida. Apresento-lhe: Os biscoitos mais fáceis do mundo inteiro.

Você vai precisar de:

3 copos de farinha de trigo
1 copo de maizena
1 copo de açúcar
300 gramas de manteiga

Como fazer:

 Numa tigela, misture tudo. Depois, distribua a massa em disquinhos em uma assadeira. Levar para o forno pré-aquecido por até 30 minutos ou até dourarem.

Você pode adicionar algumas gostas de chocolate também, pra ficar mais chique haha Eu fiz os biscoitos em formatos de disquinho porque a preguiça é grande demais, mas você pode tentar usar cortadores de formatos diferentes e deixar a brincadeira ainda mais legal.

Se fizerem a receita, quero saber o resultado e, principalmente, quero ganhar uma cestinha com alguns deles! A receita rende pelo menos uns 70 biscoitos de tamanho pequeno, então, não tem desculpa!

14 setembro 2014

A culpa é dos seus post-its

 

Mas ele cursa Engenharia. É todo organizado, com o cabelinho arrumado, ouve música de playboy. Gosta de matemática e fisíca, não come frango e odeia Coca-Cola. Me leva pra casa por aquela rua de paralelepípedo que eu odeio, porque diz que o barulho que o carro faz é barulho de casa. E eu nem sei o que isso significa. Acorda cedo e me faz café preto bem forte, do jeito que eu gosto. Leva o cachorro pra passear exatamente as 08:05 da manhã e volta exatamente as 8:20. Toca no violão aquelas músicas que de tão bonitinhas fazem o meu estômago embrulhar. E fica mexendo no meu cabelo só porque sabe que isso me irrita. Pega a minha mão no metrô e a gente vai até o outro lado da cidade assim. Não gosta de assistir série comigo, e a gente sempre briga vendo o jogo de futebol no domingo. Eu vou pro quarto com cara emburrada e depois de uns 10 minutos, deita do meu lado e me dá um sorriso. Eu odeio aquele sorriso. Ele é tudo o que eu não sou, tudo o que eu odeio, tudo o que eu nunca quis pra mim. E eu me pergunto todos os dias quando eu acordo e vejo que do meu lado tem uma toalha molhada em cima da cama: Por que diabos eu me apaixonei por ele? Aí eu levanto, vou no banheiro e a tampa do vaso sanitário tá levantada e o tubo da pasta de dente, todo amassado. Fico com raiva e encaro o espelho. Além do meu rosto vermelho, olhos cansados e cabelo bagunçado, eu encontro mais um daqueles post it's que ele usa e deixa jogado pela casa com telefone de fulano, email de cicrano, endereço do Homem Aranha... Nele está escrito "eu sei, toalha molhada, tampa levantada e tubo amassado. Que tal um jantar pra me desculpar?". E aí nasce aquele sorriso ridiculamente grande no rosto, aquele de quem tá apaixonado e fica bobo igual à uma menininha ganhando a casa da Barbie no Natal. Na mesma hora o meu celular toca e quando eu atendo, ouço a voz mais adorável do mundo dizer: "Bom dia, boba. Eu amo você", depois disso só se ouve o tututu do telefone e o tumtumtumtum acelerado do meu coração e tudo o que eu consigo pensar nesse momento é "Por que diabos eu demorei tanto pra me apaixonar por ele?"

11 setembro 2014

Tag 52 semanas: #1 Coisas que me fazem ficar feliz

Olá, chuchus!

Vi esse meme em vários blogs e fiquei com muita vontade de participar também. Acho que o ideal seria ter começado em Janeiro, mas como a coisa que eu menos sei fazer é esperar...

A ideia é você responder 52 perguntas, uma por semana. Pra ficar mais organizado, usarei 5 itens em cada uma das semanas. Sendo assim, hoje vou contar 5 coisas que me fazem ficar feliz :) Especialmente pra esse post, usarei fotos do meu instagram pra responder:


1. Crianças


2. Canecas

3. Futebol

4. Selfie com os amigos

5. Cachorros


Quer participar? Vou deixar as perguntas aqui. Quem sabe você não me acompanha? Eu ia adorar :p

Semana 1: Coisas que me fazem ficar feliz:
Semana 2: Eu nunca…
Semana 3: Coisas pra se fazer no calor:
Semana 4: Minhas citações preferidas são: (trechos de livros, de músicas, frases de autores, etc)
Semana 5: Fazem parte da minha wishlist:
Semana 6: Os super poderes que eu gostaria de ter se fosse um super herói seriam:
Semana 7: Eu sempre…
Semana 8: Os melhores filmes infantis que já assisti foram:
Semana 9: Pessoas que eu gostaria de conhecer / ter conhecido:
Semana 10: Minhas comidas preferidas são:
Semana 11: Meus brinquedos preferidos na infância eram:
Semana 12: Coisas pra se fazer no frio:
Semana 13: Fico sem graça quando…
Semana 14: Meus sites preferidos na internet:
Semana 15: O que há de pior no mundo virtual?
Semana 16: Isso, pra mim, não é diversão:
Semana 17: Personagens cuja vida eu gostaria de viver por um dia: (filmes, livros, seriados, etc)
Semana 18: Sinto saudades…
Semana 19: Meus seriados preferidos:
Semana 20: Fico de mau humor quando…
Semana 21: Meus piores defeitos:
Semana 22: Na minha geladeira, tem que ter:
Semana 23: Coisas que me incomodam no mundo contemporâneo:
Semana 24: Casais preferidos (filmes, seriados, livros, etc)
Semana 25: Tenho aflição de…
Semana 26: Se eu pudesse trocar de profissão, eu seria…
Semana 27: Coisas legais pra se fazer nas férias:
Semana 28: Minhas maiores “neuras” e manias são:
Semana 29: Filmes que me falam ao coração:
Semana 30: Fico impaciente com pessoas que…
Semana 31: Quando não tenho nada pra fazer, gosto de…
Semana 32: Ainda quero aprender:
Semana 33: Tenho medo de…
Semana 34: Livros que eu acho que todo mundo deveria ler:
Semana 35: Minhas piores compras foram:
Semana 36: Morro de preguiça de…
Semana 37: O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?
Semana 38: Desculpe, mas eu acho brega:
Semana 39: Minhas melhores qualidades:
Semana 40: Meus “cheiros” preferidos são:
Semana 41: As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso são:
Semana 42: Quer acertar no meu presente? Então me dê…
Semana 43: Músicas que eu não canso de ouvir:
Semana 44: Meus vilões preferidos são:
Semana 45: Lembra a minha adolescência:
Semana 46: Parece que todo mundo sabe _______________, menos eu:
Semana 47: Quando estou apaixonado(a) eu…
Semana 48: Nunca tive coragem de…
Semana 49: Lugares no mundo que eu gostaria de conhecer:
Semana 50: Pessoas que eu admiro:
Semana 51: Coisas que me marcaram neste ano que está acabando que acabou:
Semana 52: No ano que vem Nesse ano eu quero:

09 setembro 2014

Fica a Dica: A Probabilidade Estatística do Amor Á Primeira Vista

A PROBABILIDADE ESTATÍSTICA DO AMOR Á PRIMEIRA VISTA
JENNIFER E. SMITH  - GALERA RECORD -  223 PÁGINAS - SKOOB
Em uma das minhas constantes idas à livraria, eu encontrei esse livro com 50% de desconto. 14 reais e alguns quebrados. Logo o agarrei e fui até o caixa levando mais dois outros livos junto. Ganhei mais 10 reais de desconto, então praticamente paguei 4 reais nesse livro. E depois de me apegar muito a ele, emprestei e nunca mais vi a cor. Apesar disso, fica a dica:

Com uma certa atmosfera de Um dia, mas voltado para o público jovem adulto, A probabilidade estatística do amor à primeira vista é uma história romântica, capaz de conquistar fãs de todas as idades. Quem imaginaria que quatro minutos poderiam mudar a vida de alguém? Mas é exatamente o que acontece com Hadley. Presa no aeroporto em Nova York, esperando outro voo depois de perder o seu, ela conhece Oliver. Um britânico fofo, que se senta a seu lado na viagem para Londres. Enquanto conversam sobre tudo, eles provam que o tempo é, sim, muito, muito relativo. Passada em apenas 24 horas, a história de Oliver e Hadley mostra que o amor, diferentemente das bagagens, jamais se extravia.

A história do livro toda se passa em apenas 24 horas e é tão fácil e incrível de ler que é praticamente impossível abaixar o livro e ir fazer outra coisa senão viajar junto com Hadley e Oliver até Londres.

Comecei a ler às 22 da noite, e quando me dei conta, eram 1 da manhã. Tinha terminado o livro e meu coração estava quebrado. Aliás, como é difícil terminar de ler um livro... Você se sente completamente desolado e orfão. Com esse livro não foi diferente.

Apesar de ser pequeno, ele conseguiu me arrancar vários sorrisos e algumas lágrimas aleatórias também rolaram. A leitura é leve, porém profunda. Me identifiquei muito com Oliver e minha vontade foi de ter um britânico tão charmoso quanto ele do meu lado durante um tempo indeterminado, de preferência um longo tempo indeterminado.

As pessoas que se encontram em aeroportos tem 72% mais chance de se apaixonarem que as pessoas que se conhecem em outros lugares.

Recomendo o livro e digo mais, a probabilidade estatística de você se apaixonar por ele é de 98,99% com margem de erro para mais.

08 setembro 2014

Enquanto isso na cozinha... Mousse de Tang

MOUSSE DE TANG SABOR UVA ♥ MUITO AMOR ENVOLVIDO
Oi, gente bonita! Estreando a minha coluna de culinária quero convidar vocês à fazer uma das receitas mais fáceis da vida toda: Mousse de Tang! Sim, suquinho Tang. Confesso que torci o nariz com a ideia, mas depois que comi pela primeira vez, fiquei um pouco viciada.

Você vai precisar de:

1 lata de leite condensado
1 caixinha de creme de leite
1 copo de iogurte natural
1 sachê de suco tang de sua preferência

Como fazer (parte mais complicada da receita):

Bata tudo no liquidificador, distribua em potinhos individuais e coloque na geladeira até gelar. Fim.

Eu sei, é provavelmente a coisa mais terrivelmente difícil que você já fez na vida. O legal é que você pode fazer de qualquer sabor que quiser. Maracujá, uva, limão, morango, laranja... Qualquer um! Nada melhor pra impressionar as visitas ou a família no almoço de domingo. Tenho certeza que você vai sair por cima, na maior pose de chef!

Espero que tenham gostado da dica, façam e me contem o que acharam. Quero muito saber! Beijo :)

07 setembro 2014

Li até a página 100 e... A Seleção

A SELEÇÃO, KIERA KASS - EDITORA SEGUINTE - 357 PÁGINAS - SKOOB
Tentem não me julgar por ter vários livros não lidos em casa (fora os que comprei na Bienal) e mesmo assim, ter começado a ler um livro emprestado, mas eu realmente queria ler A Seleção. Todo mundo tava falando loucamente bem dessa série e depois que minha amiga da faculdade devorou os livros em dias, minha curiosidade só cresceu. Aliás, quero deixar registrado um obrigada à prima dessa amiga que emprestou o livro pra mim, e a própria amiga pelo serviço de entrega hihi

Primeira frase da página 100: "—Perdoe-nos pela pressa, senhorita, mas seu grupo está atrasado — uma delas disse."

Do que se trata o livro? O livro é distopia, onde os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças de dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo porque deve deixar para trás sua família e seu amado Aspen.

O que está achando até agora? Eu estou gostando muito do livro até agora. Confesso que estou meio cansada de distopias porque passei grande parte dos últimos anos lendo somente sobre isso, mas dessa vez estou me surpreendendo. Não é tão difícil se imaginar nas situações, até porque America não tem magia e não precisa sair por aí com um arco e flecha. Além do que, um pouco de princesas e príncipes nunca fez mal a ninguém, não é?

O que está achando dos protagonistas? Infelizmente, até esse ponto do livro não soube muito sobre o príncipe Maxon, mas já estou me preparando psicologicamente porque sei que vou amá-lo um pouco mais do que gosto de Aspen. Quanto à America, ela segue uma linha de pensamento um pouco como a minha, e a simplicidade e a falta de jeito dela se encaixam na minha personalidade.

Melhor quote até agora: "E porque esse país é do jeito que é, por causa de todas as regras que nos faziam viver escondidos, nem pude gritar seu nome. Não pude dizer mais uma vez que o amava."

Vai continuar lendo? Com certeza. Mal terminei o primeiro livro e já quero devorar o segundo (e o terceiro também).

Última frase da página: "(...)Não se preocupem com as câmeras, senhoritas. Faremos um especial sobre a transformação de vocês. Todas as meninas de Illéa vão querer ficar parecidas com vocês quando tivermos terminado."

03 setembro 2014

TOP 5: Melhores filmes de animação

É o TOP FIVE da televisão brasileira... Só que não! É só eu tentando colocar em lista cinco dos meus filmes preferidos de animação, o que, é claro, não foi nada fácil. Quem vos fala é só uma garota com quase vinte anos na cara e que chorou rios assistindo Frozen, Universidade Monstros e provavelmente todos os outros que se seguirão no post.

PS: Vale lembrar, que de maneira nenhuma a ordem que os filmes foram colocados é a minha ordem de preferencia (até porque já é difícil escolher só cinco, colocar em hall é praticamente impossível).
1. Monstros S.A.

Como não amar Sulley, Mike e Boo? Eles são sem dúvida os monstros e criança mais adoráveis que já conheci na vida. Ou que já vi, como queiram. É um daqueles filmes que eu assisto milhares de vezes, dou risada, choro e me divirto em todas essas vezes. A parte 2 do longa também foi uma graça. Super esperado e eu posso dizer que eu era a pessoa mais ansiosa pra ver o filme em toda a aquela sala de cinema. E adivinhem, já assisti Universidade Monstros mais duas vezes desde então. Não consegui me controlar. "Estou de olho em você, Wazawski!"

2. Toy Story 3
 

Eu gosto de todos os três filmes de Toy Story, mas escolhi o último por motivos de não conseguir segurar as lágrimas. Chorar com filme é algo normal para mim, ainda mais quando é filme de "criança", mas esse filme conseguiu fazer eu me superar. Passei até vergonha. "Ao infinito e além!"

3. Meu Malvado Favorito

Ok. Confesso que gosto do filme mesmo só por causa dos Minions. Tudo bem que a história toda é divertida, Agnes é fofa demais, mas não há como não amar os minions mais que tudo. Sou apaixonada por eles, tanto que tenho figurinha, bonequinhos e até uma garrafa cheia de minions espalhados por ela. Me divirto muito ao olhar para aquela garrafinha de água amarela em cima da minha mesa no trabalho. Nana nana banana ♪!

4. Carros

Talvez o meu amor por esse filme tenha algo haver com o fato que quando meu irmão tinha uns 4 anos de idade, nós assistíamos ao filme pelo menos umas 3 vezes por dia. Sei todas as falas do primeiro filme (de verdade) e estou a ponto de decorar as do segundo, mas dessa vez a culpa não vai na conta do meu irmão. Vai na minha mesmo. Mate, Tomate, mas sem o To, é o carro enferrujado mais fofo do mundo, e o Relâmpago é uma graça sem tamanho! "Kachow!"

5. UP - Altas Aventuras
 

Acho que UP é o tipo de filme que todo mundo gosta. Nem a pessoa mais chata e ranzinza do mundo consegue não se emocionar com a aventura dos dois. Além de tudo, o longa tem uma história linda com uma lição de moral ainda mais. Lembro-me de um professor de filosofia quando eu ainda estava no 1º ano do ensino médio dizendo que esse filme é o tipo de filme que temos que ter guardado pro resto da vida. Eu já tenho a minha cópia. Pro resto da vida. "Prometo estar com você, te dando coragem sempre que precisar, mesmo que nada dê certo no final. Fazendo-te ficar melhor quando se sentir sozinho. Contando os meus mais loucos segredos e planos. Até quando o meu coração não mais aguentar, e parar de bater."

Top 5 de estreia e talvez um dos mais difíceis de fazer. Tem mais um milhão de filmes que eu gostaria de colocar na lista, mas infelizmente, são só 5. Só vou deixar uma menção mega honrosa à Valente e Frozen porque ♥.

Espero que vocês tenham gostado e comentem o SEU top 5! :)

02 setembro 2014

A culpa em uma rima sem graça


Então acordou e decidiu dizer tudo o que um dia já lhe afligiu. Enquanto tomava café, escreveu um poema no guardanapo sobre uma viagem que nunca fez até a cidade de Guapo. Contou sobre o seu medo de escuro em meio à muito barulho e esbravejou sobre sua rinite no verso de seu holerite. No final do dia, quando a lua já sorria, sentou-se inquieta em sua cama olhando fixamente para o celular enquanto ria. Sabia que quando dele se tratava, nada era tão fácil quanto a tia dizia. Ele parecia um príncipe em cima de uma carruagem e quando ele estava por perto quem sumia era o resto de coragem que ela tinha. Encheu o peito de ar e antes que pudesse perceber, dominou-se pelo medo de amar. Suspirou e então dormiu, decidida a tentar mais uma vez amanhã de manhã.

01 setembro 2014

Playlist pra encarar a segunda-feira


É... A segunda-feira é mesmo braba. Bom dia pra você que acordou atrasado, bom dia pra você que foi atacado por pombos (sim, eu), bom dia pra quem mesmo? Só a música salva! 

Pra tentar melhorar um pouco esse dia que é tão difícil, vou compartilhar a playlist que vai me acompanhar durante essas 24 horas de muita luta e tentativas de manter a paciência. Espero que vocês gostem, e que o dia vocês se torne um pouquinho mais fácil assim. Que setembro nos traga sorte! :)


31 agosto 2014

Resenha: A garota que eu quero (Markus Zusak)

A GAROTA QUE EU QUERO, MAKUS ZUSAK - EDITORA INTRÍNSECA - 174 PÁGINAS - SKOOB 
Tinha as palavras no meu bolso. Talvez fosse isso que eu tinha. Isso e saber que eu havia caminhado mil vezes sozinho pela cidade, e que sabia andar pelas ruas com mais sentimento que qualquer um, como se andasse por dentro de mim.

Cameron Wolfe é um garoto solitário, que vive a sombra de seus talentosos e bonitos irmãos mais velhos. Tudo muda quando a hora dele finalmente chega, e ele conhece uma garota que pode mudar todo o seu destino, o único problema? Octavia Ash (a garota que Cameron tanto quer) é mais uma das conquistas mensais de seu irmão Rube.

Mas espera aí. Não tem nada de clichê nessa história, por incrível que pareça. Rube e Cameron não vão brigar pelo amor de Octavia e ela não será uma Bella Swan. Rube vai ser Rube, e logo vai encontrar outra garota para preencher os espaços vazios em sua agenda e em sua cama, e Cameron vai conhecer os encantos do primeiro amor. Tudo no seu tempo.
 

Só tinha lido um livro de Markus Zusak minha vida toda, e acho que todos já imaginam qual é... Sim, A menina que roubava livros também roubou meu coração. Quando fui à Bienal e encontrei esse livro no tumulto dentro do stand da editora Intrínseca, sabia que não podia ser o acaso. Nadei entre o mar de gente e, finalmente, consegui compra-lo (pode parecer exagero, mas não é).

Quando comecei a ler o livro, já me preparei para o pior. Lembrei um pouco de As vantagens de ser invisível, e senti que algo muito ruim ia acontecer. Tudo leva a crer que Cam é um garoto isolado do mundo e nós sabemos o que costuma acontecer nesses casos... Mas como eu já disse, esse livro não é nenhum clichê. É um romance especial que fala sobre família, amor e crescimento interior.

Ao longo da leitura vamos conhecendo mais sobre Cameron e suas ansiedades e anseios, e não posso deixar de dizer que me identifiquei muito com ele. É um dos poucos livros narrados por homens que já li, e isso se torna cada vez mais particularmente agradável. Não porque isso me faz entender um pouco mais do universo masculino (até porque, acho que livro nenhum ajuda nesses casos), mas porque imaginar uma protagonista feminina normal passando pelas mesmas experiências não seria tão interessante. Nenhuma garota ia se sentir "animadinha" ao ver a capa de uma revista esportiva, ia? (Não te julgo se você é uma menina e é assim, ok?).


Pesquisando sobre a história, percebi que comecei pelo fim. Sim, caros amigos. É só a Julia sendo Julia. A garota que eu quero é o terceiro livro de uma trilogia narrada pelo próprio Cameron, onde ele retrata mais sobre sua personalidade e sobre o cotidiano da família Wolfe. A respeito do que eu li, os dois primeiros volumes (O Azarão e Bom de Briga) e não são tão empolgantes e sensíveis quanto o último, mas são igualmente profundos, então esperem por resenhas ao contrário logo.

De qualquer forma, os convido para ler a trilogia comigo (vocês na ordem certa, e eu errada, como sempre). Vale a pena conhecer Cameron, um Wolfe faminto de orgulho. Beijos, e até a próxima! :)

30 agosto 2014

A culpa é da sua falta de grosseria


— Alô ?
— Oi. Sou eu. Eu sei que é tarde e que não é hora de ficar ligando pro celular dos outros e você já me ensinou isso uma vez. Naquele dia em que você me pediu em namoro, e eram, acho que, 3 horas da manhã? E eu quis ligar pra minha melhor amiga e contar do jeito fofo com você colocou aquele bilhetinho dentro da minha bolsa sem eu nem perceber e depois pediu para eu olhar meu celular só porque você sabia que eu guardava tudo ali naquele bolsinho de fora, onde você tinha escondido aquele pedacinho de papel com duas ou três palavras escritas mas que mesmo assim me fizeram fraquejar quando eu li. E eu sei que tô fugindo do assunto, e você também já me disse que eu não posso ficar fazendo rodeio o tempo todo porque não é qualquer pessoa que gosta disso, mas eu realmente precisava ligar e te falar que...
— Alice, escuta. Eu tô dirigindo. Tô indo pra casa agora porque...
— E você tá indo pra casa. Quase 2 horas da manhã e você tá indo agora pra casa. Agora você chama aquele apartamento minúsculo e mal projetado que você alugou de casa? Você, como bom arquiteto devia saber que a sua casa não é lá. Sua casa é aqui. Aqui onde eu tô. Sua casa é aqui do meu lado, deitado na cama e enchendo o lençol com o seu cheiro. Sua casa é ali no cantinho da sala onde você gosta de sentar pra ler um livro ou simplesmente ficar esperando eu aparecer pra você me dar um susto. Sua casa é o fogão que você trata tão bem enquanto eu trato tão mal. Hoje eu consegui botar fogo no arroz. O alarme de incêndio começou a disparar e o porteiro, o Seu Zé, veio correndo aqui em casa me ajudar a apagar o fogo. Sabia que a parede da cozinha ficou manchada? Até o Seu Zé sabe que isso não teria acontecido se você estivesse aqui ou se eu tivesse deixado você comprar aquele panela elétrica de fazer arroz que na época eu achava que era inútil. E era inútil porque eu contava que você iria me fazer arroz pro resto da vida e eu só teria que me preocupar em fritar um ovo ou colocar uns nuggets no micro-ondas... E você tá rindo de que? — Eu tô rindo porque você é a pessoa mais impossível do mundo. Agora vê se me escuta...
— Não. Não escuto porque você fica rindo e agora é minha vez de falar porque eu ainda não consegui proferir o que eu queria quando te liguei, em primeiro lugar. Eu te liguei porque eu achei aquela sua caixa de brinquedo antigo embaixo da cama e eu podia jurar que você tinha me prometido com o seu dedo mindinho que tinha dado tudo pro seu sobrinho no mês retrasado. Achei também uma série de revistas ridículas escondidas dentro da sua gaveta de cuecas. E fala sério. Revista sobre carro? Quem é que ainda compra revista sobre carro? Você sabe o quanto isso me irrita. E falando em carro, o meu ainda está na garagem esperando você levar ele no lava rápido. É. Aposto que você não lembra disso. Foi no domingo antes de você e eu brigarmos e era dia de clássico. São Paulo x Corinthians. Óbvio que o meu tricolor ganhou e você perdeu a aposta. Eu disse que você teria que levar meu carro pra lavar, e se acontecesse o contrário e o seu time ganhasse, você disse que eu teria que passar o resto do dia todo com você na cama, não importaria fazendo o que. Você perdeu a aposta e mesmo assim me teve durante o dia todo. Eu ficava te provocando e cantando o hino do meu time, mas você me teve mesmo assim. Agora eu tô aqui sentada na cama coberta com o jogo de cama do SPFC. Eu tô na cama, sem você e meu carro tá lá na garagem. Todo sujo. Alguém até já escreveu “me lava” com sujeira no vidro da frente. Quase escrevi de volta toda nossa história, desde quando a gente se conheceu até o porquê de você não ter levado o carro pra lavar, mas eu deixei de lado quando as minhas lágrimas começaram a descer e o Seu Zé viu que eu estava deitada no capô do carro.
— VOCÊ DEITOU NO CAPÔ DO CARRO? Alice, eu já te disse mil vezes que pode até parecer romântico nos filmes, mas na vida real isso amassa toda a lataria. E deixa eu falar...
— Tá vendo? Você já tá falando em vida real de novo. Por que a gente não pode viver um pouquinho naqueles filmes do Nicholas Sparks? Eu tava assistindo um daqueles filmes independentes que você deixou aqui em casa. O cara do filme também brigou com a namorada dele. Pegou umas três camisetas no armário e saiu de casa. Por que você não poderia ter feito isso? Cedo ou tarde você teria que voltar pra casa e pegar o que esqueceu. Mas você pegou tudo. Deixou só esses filmes independentes que eu nem gosto. Por isso você deixou, né? Porque eu não gosto. Puta que pariu, Noah. Eu queria te socar. E eu preciso fazer xixi. Espera e não desliga porque eu ainda tenho coisa pra falar.
— Não, Alice. Eu vou desligar, mas eu... — barulho de descarga — Argh.
— Voltei. E você também esqueceu a sua escova de dente. Acabei de jogar no lixo. Então, nem pense em passar aqui pra pegar ela e seus filmes ridículos. Tudo o que tem aqui dentro desse lugar é meu. Menos eu. Olha só que ironia do destino. Nem mais minha eu sou. Isso já ficando chato. Eu aqui me lamentando e te vendo em cada pedacinho do que sobrou da Alice. Te vejo até no cabelo que fica penteado pro lado esquerdo, porque você sempre coloca ele assim. Eu nunca usava o cabelo dividido de lado até te conhecer. Você fez isso no nosso primeiro encontro e desde então, eu nunca tive vontade de mudar a divisão. Hoje de manhã eu tentei, e o cabelo já não para mais com a risca no meio. É meio assim que eu me sinto. Sempre fui do tipo de pessoa autossuficiente e achava ridículo minhas amigas apaixonadas ficarem comentando que ligaram de noite pro namorado só porque estavam com saudades. E olha só, 2 anos depois eu vejo uma Alice no espelho segurando o celular e implorando para “o cara estranho que senta do meu lado na aula de sociologia” voltar pra casa. Podia me separar em Alice Antes de Noah e Alice D.N., sabia? O problema é que você me deixou de um jeito incontrolavelmente melhor do que eu era. Eu sou uma pessoa melhor todos os dias e na maioria das vezes, deito com a cabeça tranquila no travesseiro antes de dormir. Antes de você, não era assim, e você sabe. Eu nunca fui do tipo de pessoa egoísta, mas também nunca fiz tanta questão de ser boa para as pessoas. Fui criada para sobreviver no mundo cruel, e você é que me fez ser essa pessoa que suspira lendo os livros da Jane Austen... Isso é um portão abrindo? Você já chegou em casa, né ?
— Sim, Alice, eu cheguei. Você pode, por favor...
— Não vou calar minha boca. Eu odeio quando você pede pra eu calar minha boca, por favor. Você acha que é bonito ser educado quando está sendo grosseiro e não é. E você é sempre muito grosseiro. Me dá mil patadas por hora e mesmo assim, quando no final do dia eu vou deitar emburrada na cama, você aparece com um pedaço de chocolate na mão e um sorriso no rosto que eu me derreto tão rapidamente quanto o chocolate dentro da minha boca. É a mesma coisa quando eu esqueço nosso aniversário de namoro. Você sabe que eu sou uma péssima pessoa para guardar datas, e mesmo assim, não briga comigo. Isso é grosseiro. Não brigar comigo quando eu mereço é grosseiro.
— É grosseiro não ser grosseiro, então?
— Você não entende... Eu lembro que em um dos nossos aniversários eu estava deitada de pijama no sofá assistindo Orgulho e Preconceito e você chegou do trabalho todo sorridente, com um buquê enorme de flores. Eu comecei a chorar porque eu senti ali que eu não iria te merecer nem em um milhão de anos. Você sentou do meu lado, me deu um beijo na testa e disse que tinha comprado uma gravata pra eu te dar de presente. E eu te odeio por isso. Eu te odeio porque você me deixou dependente de você, e logo na nossa 67ª briga, você saiu de casa.
— Você contou quantas brigas a gente teve ?
— Contei. Eu tenho anotado em um caderninho.
— Eu posso ver?
— Não.
(silêncio)
— Você não vai falar nada, Noah?
— Eu posso?
— Agora pode...
— Eu tenho muita coisa pra te falar, mas isso é depois de eu te jogar no sofá e te prender lá esse resto de madrugada toda. Depois disso a gente tira esse lençol imundo que está contaminando a cama e a gente conversa. Agora abre a porta pra mim, porque o Seu Zé me deixou entrar na minha casa e eu já tô sentado aqui do lado de fora da porta há alguns minutos.

29 agosto 2014

A culpa é do subconsciente


"Eu nunca fui homem pra você". Ouvi isso faz algum tempo, e de alguma forma, isso nunca mais saiu da minha cabeça. Me peguei por várias vezes pensando nisso e tentando entender o nexo na frase em vários momentos do meu dia. Tentando entender, afinal, o que é um homem pra mim.

Já me apaixonei mais do que uma vez, e não tem como negar tal. Não me leve a mal, não quis dizer que foi verdadeiro e nem que foi correspondido. Mas quem nunca se apaixonou pelo sorriso do vizinho? Pelas sobrancelhas arqueadas do rapaz do lado oposto do vagão do metrô? Pelos olhos claros do colega de classe?

Li recentemente um artigo que dizia: "Há uma justificativa cientifica por trás de muitas coisas aparentemente sem nexo — de comportamentos recorrentes, como sempre se apaixonar pelo cara-problema, a angústias que brotam de repente, do nada, no peito." A parte do cara-problema, confesso, foi a que mais me chamou a atenção, porque eu nunca pareço me apaixonar pelo homem "pra mim". Aprendi, então, que é tudo culpa do inconsciente. Segundo o texto, a repulsa ou atração está nos detalhes. Se os olhos do meu colega de classe são muito parecidos com o do meu ídolo teen, é praticamente impossível não se interessar. Se o sorriso do meu vizinho é largo como o do meu avô, é inevitável o subconsciente não enviar sinais de "aquele ali é super o seu tipo!". Outra justificativa, também muito plausível, é a de que sinais repetitivos também nos chamam muita a atenção. Se a minha mãe arqueava as sobrancelhas quando brigava comigo na infância, isso é uma coisa qual na idade mais avançada eu vou procurar inconscientemente. Você procura aquilo que lhe aflige para poder tentar consertar coisas que lhe remetem o ato no passado.

Ao mesmo tempo que isso me fez entender um pouco mais sobre as "leis da atração", isso também me deixou extremamente confusa. Na hora, indaguei se deveria sair por ai procurando por alguém com trejeitos parecidos com os das pessoas que gosto ou, já que isso não deu certo até agora, deveria sair por aí procurando alguém que é totalmente oposto de tudo o que prezo. Enquanto pensava, como boa curiosa que sou, não pude deixar de parar para ouvir a conversa de duas pré adolescentes que estavam sentadas no banco atrás de mim dentro de ônibus. Uma delas disse: "Para com isso, Carla! Até parece que não sabe que a gente encontra o amor quando menos está esperando...".

A vergonha se apossou dessa pobre alma. Nunca me senti tão inocente quanto naquele momento. Com dezenove anos na cara e com contas pra pagar, recebi daquela guria uma carta de euforia dos pensamentos repetitivos e conscientes. Percebi naquele exato instante que eu nunca tinha visto nem relance do meu "tipo de homem" porque estava sempre procurando por ele. Dei-me conta de que quando a vida resolver colocar no meu caminho o meu guarda-chuva amarelo, de uma hora pra outra e sem avisar, meu subconsciente vai ser o primeiro a avisar "Ei, idiota! Todos aqueles alarmes foram falsos. Esse aqui, sim, tem tudo pra ser homem pra você."

28 agosto 2014

A culpa no seu sorriso


Eu nem vi quando ou como aconteceu. Quando percebi já era tarde demais. Eu já estava lá com aquele sorriso bobo no rosto, parada na sua frente. Os pés apontados na sua direção. Pernas bambas e com uma terceira guerra mundial explodindo na região da barriga. Mãos suando e coração acelerado, quase saindo pela boca. Não precisava muito, você dizia meia sentença e eu já ria, mesmo que nada tivesse graça ali (Além de você. Você sempre tem graça). E ah, quando você sorria... Quando aquelas covinhas resolviam aparecer ali no canto de suas bochechas. Perigoso. Era tudo o que eu conseguia pensar. Isso é perigoso. Não é o tipo de terreno confiável. Me senti uma suicida. Queria me jogar ali mesmo, em cima de você, nos seus braços. Você me seguraria? Pernas bambas falham e quase caio em cima de você de verdade. Você me segura e sorri. Eu sorrio de volta, porque isso fica cada vez mais perigoso. Mas eu gosto assim. Gosto da dorzinha no coração toda vez que você me dá tchau com um sorriso de lado acompanhando. Da ideia de ter o seu perfume na minha roupa. Da ideia de me meter novamente em algo perigoso. Perigoso e inevitável, assim como querer você.