02 setembro 2014

A culpa em uma rima sem graça


Então acordou e decidiu dizer tudo o que um dia já lhe afligiu. Enquanto tomava café, escreveu um poema no guardanapo sobre uma viagem que nunca fez até a cidade de Guapo. Contou sobre o seu medo de escuro em meio à muito barulho e esbravejou sobre sua rinite no verso de seu holerite. No final do dia, quando a lua já sorria, sentou-se inquieta em sua cama olhando fixamente para o celular enquanto ria. Sabia que quando dele se tratava, nada era tão fácil quanto a tia dizia. Ele parecia um príncipe em cima de uma carruagem e quando ele estava por perto quem sumia era o resto de coragem que ela tinha. Encheu o peito de ar e antes que pudesse perceber, dominou-se pelo medo de amar. Suspirou e então dormiu, decidida a tentar mais uma vez amanhã de manhã.

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